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ENTREVISTA SUPREMA - Talento e feelings supremos!

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Por Barbara Kyrilo

Talento e feeling SUPREMOS. Foi essa a maneira encontrada para caracterizar o que os caras dessa grande banda nacional têm feito. Após uma tour com a banda Glory Opera no Norte e Nordeste do país, Douglas Jen, o guitarrista do quarteto que usa uma fusão de vários elementos e sonoridades metálicas, fala sobre a representatividade nacional, os planos realizados e a realizar do SupreMa, projetos solos e muito mais. Confira!

Metal Patroll - Douglas, gostaríamos de te agradecer por aceitar o convite do Metal Patroll e parabenizar você o os outros caras da banda pelo que vocês têm feito. De longe o SupreMa é uma excelente banda e orgulho dos bangers brasileiros.

Douglas Jen - Primeiramente, obrigado a você Barbara pelo convite. É um imenso prazer estar por aqui neste bate papo!

MP – A idéia inicial sobre o SupreMa era que fosse um projeto moldado na sonoridade Metal Opera. O que ocorreu para que a banda tomasse um rumo musical diferente do que o que vocês esperavam fazer?

DJ - Inicialmente a idéia era fazer um projeto, porém como tudo rumou bem demais, acabamos tomando o rumo de uma banda. Mas ainda não saiu da minha cabeça a idéia de um Metal Opera! No futuro, com certeza acontecerá!

MP - Sabemos que o line-up que trabalhou no EP SPYEYS, é diferente do que executa o SupreMa atual. A que mudanças a banda foi submetida e como foi o processo de substituição dos membros que partiram?

DJ - Na verdade sou o único da primeira formação da banda. Para mim, é natural que ocorram substituições, as bandas acabam sempre precisando de pessoas comprometidas com o mesmo ideal e nem sempre isso acontece... O início de uma banda é assim, você aposta no trabalho de um grupo de amigos, e aos poucos, pela estrada, vai encontrando quem realmente deveria estar contigo desde o começo... E assim foi o processo de "substituição". Sempre que um membro deixava a banda, acabávamos fazendo convites a músicos que eu já havia encontrado na estrada. Fizemos poucos testes em nossa carreira, na maioria das vezes convidávamos o músico, no dia seguinte ensaio e no fim de semana show! Tudo bem prático!

MP – Nós conhecemos uma série de bandas que têm problemas com integrantes, ideologias e afins. Muitas delas afirmam que a saída e entrada de integrantes é, na maioria das vezes, por problemas de seriedade com a música, com o grupo, prevendo uma não ascensão. Você acha que o cenário brasileiro realmente apóia as novas bandas nacionais e também as antigas? Qual a sua visão sobre esse comportamento?

DJ - Verdade... Na maioria das vezes a saída de um músico de uma banda é por problemas de seriedade e ideologia de como seguir a carreira. Uns estão preparados e outros não, e neste processo quem realmente acredita no trabalho acaba ficando e seguindo o trabalho. O cenário brasileiro sempre apoiou as bandas maiores. Público também é exemplo disso... Pagam R$200,00 para ver uma banda gringa e não pagam 10 para ir prestigiar uma banda nacional. Absurdo! Não entendem que desta maneira as bandas nacionais aos poucos vão morrendo e enfraquecendo a cena toda. Precisamos de cada vez mais bandas brasileiras em ascensão, e o público é o único que pode fazer com que isso aconteça!

MP - Você participou da parte nacional da Equilibrium Tour, que divulgou o trabalho do Glory Opera, banda na qual Helmut Quacken também é baterista. Você já conhecia o trabalho da banda? Nos conte sobre os shows e a experiência.

DJ - A tour com o Glory Opera foi legal! O Helmut e o Humberto eu já conhecia há um bom tempo; Gustavo, Fernando e Alexandre conheci recentemente. Para mim a tour do Glory foi bem legal, foi muito bom poder passar em cidades que já havia tocado com o SupreMa, e ver em cada uma delas a receptividade do público! Norte e Nordeste são demais! O público comparece e tem muita energia, exemplo de reais fãs de metal! Com certeza passarei com o SupreMa em cada uma destas cidades no segundo semestre, em nossa segunda tour. Preparem-se porque o novo show está demais!

MP - Muitos músicos optam por trabalhar apenas com suas bandas e não fazem experimentos e trabalhos solos. E você acaba contrariando isso. Workshops, participações com outras bandas, enfim, uma série de trabalhos extra-SupreMa. Existe algum motivo pelo qual você decidiu ou teve necessidade em ter uma carreira e um trabalho além-SupreMa?

DJ - Já fiz vários trabalhos e participações especiais com bandas. Destaco a tour com o Glory Opera no ano passado e também a participação no ultimo show do Dark Avenger, em 2005. No meio musical sempre acabam rolando estes convites, e eu com certeza estou dentro. Adoro estar em cima do palco! Meu trabalho solo é uma coisa natural que aconteceu... Todos os músicos têm necessidade de se expressar de diversas formas, e geralmente um trabalho instrumental é a maneira que temos de fazer um som que nunca encaixaria em uma banda. Meu trampo instrumental tem muita guitarra e várias coisas experimentais com ritmos latinos e algo de eletrônico, chegando até ao thrash! Já apresentei algo em meus workshops pelo Nordeste e Norte e, a galera gostou demais! No segundo semestre pretendo gravar meu primeiro álbum solo. Espero que haja algumas brechas na agenda da banda para poder finalizá-lo.

MP - Bem, voltando ao SupreMa, eu já me deparei com comentários rotulando o som como Power Metal Melódico, outros como Prog Metal e alguns até arriscam um Traditional Metal. Como é que você define o estilo da banda, e quais outras bandas se assemelham com o som que vocês executam?

DJ - O primeiro CD realmente está mais calcado no Power e no Metal Melódico. Porém o SupreMa de hoje tem influências mais agressivas e também progressivas. A banda ganhou muito com a entrada de cada integrante. Pedro canta rasgado e deu um punch na banda. Gabriel é bem técnico e também trouxe algumas técnicas ainda não exploradas no metal (aguardem que todos se surpreenderão com o trampo deste cara!). E o Helmut, dispensa apresentações... Trata-se de uma dos melhores e mais respeitados bateristas do Brasil. Do novo CD podem esperar velocidade, agressividade, técnica e melodia. Falar sobre bandas similares é algo difícil. Falando em estilo, digo um Power Prog bem visceral!

MP - O SupreMa teve uma ótima repercussão no último ano aqui no Brasil, com os shows muito bem recebidos no Norte/Nordeste, entrevistas, workshops. E no exterior, como é que estão as coisas? Você acha mais difícil conquistar o mercado nacional ou o exterior? Conhecemos bandas brasileiras como a Shadowside que tem um público mais amplo na América do Norte que no Brasil.

DJ - Realmente, 2008 foi um ano maravilhoso para o SupreMa! Trabalhamos muito e nos preparamos para 2009 que terá o lançamento do primeiro álbum Full. O público brasileiro tem o problema que citei acima... O apoio às bandas nacionais é mínimo. Fora do Brasil a aceitação por bandas brasileiras é bem maior. Ainda não fizemos uma tour internacional, mas já temos bastante fãs em Portugal, Alemanha, USA e Japão, países nos quais o SupreMa tem constantemente aparecido em rádios. Em 2009 temos planos para fazer uma tour européia, que era para ter acontecido em 2008, porém preferimos fazer primeiramente Norte e Nordeste. 2009 promete de mais!

MP - Como foi tocar com bandas já enraizadas como o Primal Fear e André Matos e banda? O SupreMa tem alguma influência dessas?

DJ - A experiência foi fantástica! Primal Fear um dos maiores nomes do metal, e Andre um grande ícone! Com certeza estar ao lado de grandes bandas fortalece nosso trabalho, e claro, dá um gás para que tenhamos cada vez mais a gana de chegar sempre a um nível mais alto. Não digo que tenhamos influências musicais, pois o estilo atual do SupreMa foge um pouco, porém artisticamente, com certeza temos referências, não só com estes nomes, mas também com todas as bandas que já fizeram história!

MP - Vocês já estão trabalhando em um novo trabalho? Quais são os planos para o futuro da banda?

DJ - Sim! As prés já estão sendo finalizadas e as gravações se iniciam na primeira semana de Junho. Estamos somente finalizando alguns detalhes, até por que este CD está cheio deles! Mas o trabalho todo vai compensar! Para este ano, logo após o lançamento do CD, faremos uma tour no Nordeste/Norte, e logo após, faremos a divulgação na Europa. Fora isso, algumas surpresas serão anunciadas em breve... (só ficar ligado no site!).

MP - O cover de “Be Quick Or Be Dead” foi uma homenagem ao Iron Maiden? Se sim, como é que vocês escolheram a música na qual trabalhariam?

DJ - Claro! Iron Maiden merece todas as homenagens do mundo! Foi uma forma que tivemos de homenageá-los e também presentear nossos fãs com uma versão bem SUPREMA! Fizemos uma prensagem grande deste tributo e enviamos para galera do Fan Club e também a todos que estavam em nossos shows! A Be Quick é uma música rápida e com pegada, traduziu bem o momento que estávamos passando com o SupreMa em relação a estilo. Como já tocávamos ela ao vivo, veio a idéia da versão!

MP - E para finalizar, gostaria de saber o que você tem ouvido ultimamente.

DJ - Bom, tenho ouvido muitas coisas, dentro e fora do Metal. Gosto muito de Progressivo e de Thrash e tenho ouvido bastante coisa dentro desses estilos. Fora, tenho ouvido bastante música instrumental e fusion. Fica difícil citar nomes, por que TODOS lançamentos que acontecem, tanto de bandas nacionais quanto internacionais eu acabo escutando, gosto de estar sempre por dentro do mercado!

MP - E o espaço fica livre caso você tenha alguma mensagem para os leitores.

DJ – Barbara, gostaria de agradecer o espaço cedido. É sempre importante esses bate papos sobre música, carreira, planos... Este é o canal que os músicos têm de se comunicar com os fãs. Gostaria de deixar aqui um abraço a toda equipe do Metal Patroll e também aos leitores. Fiquem ligados no site da banda e no myspace, na próxima semana haverá muitas novidades. Até a próxima!


www.suprema-online.com

www.myspace.com/supremametal






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