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Por Barbara Kyrilo

Já faz dois anos que o Atheistc está na estrada divulgando seu Dark/Simphonyc Metal e provando que ideologia e criatividade são o que não lhes faltam. Após uma tour bem sucedida de seu primeiro disco ‘The End Of The Christian Age’, na qual eles abriram para o Epica, eles enfiaram a cara no trabalho e já estão divulgando seu mais novo trabalho, Killing My Religion, que dentro de pouquíssimo tempo vai estar disponível para compra. Joyce Vasconcelos, tecladista e vocalista do projeto de Dilpho Castro (Atheistc, Silent Cry), nos respondeu algumas perguntas sobre como tudo começou, inspirações e ligações com outras bandas. Confira:

MP - Inicialmente devo agradecer por cederem a nós essa entrevista e parabenizá-los pelo ótimo trabalho que vocês têm feito.

Joyce - Muito obrigada pelo carinho, é um prazer estar participando do trabalho do Metal Patroll!

MP - O Atheistc é um projeto recente, embora já tenha lançado um disco. A ideologia e o direcionamento da banda também é recente? Digo, vocês já participaram e lideraram projetos musicais com propostas musicais e ideológicas que se diferem do Atheistc?

Joyce - Dilpho é fascinado por ateísmo, e sempre teve intenção de montar um projeto que falasse sobre esse assunto. Então foi criado o Atheistc que já tem dois anos e desde sempre com direcionamento e ideologia de ateísmo.

MP - Já sabemos que Dilpho Castro é também integrante fundador da banda de Gothic Metal mais antiga do país, o Silent Cry. De que forma vocês poderiam relacionar o trabalho feito pelo Silent Cry ao que vocês fazem no Atheistc? A faixa Romantic Sin, que conta também com os lindos vocais de Fabila Tozi foi dinamizada juntamente com o Silent Cry?

Joyce - O Atheistc não tem nenhuma relação com o Silent Cry a não ser tocar em mesmos eventos algumas vezes. Embora dois dos músicos sejam os mesmos, Fabila fez a participação na musica Romantic Sin, mas isso não teve nenhuma relação com a banda Silent Cry.

MP - Joyce, você também usou da sua voz para dar vida a The End Of The Christian Age, o que contribui bastante para a climática sinfônica e até melódica do disco. Nos últimos anos nós temos notado uma ascensão da mulher dentro do heavy metal. Como você enxerga as bandas com vocais femininos? Embora algumas delas façam discos estupendos, você acredita que, em algum momento, o fato de uma banda contar com vocais femininos se tornou 'moda', uma vez que tantas bandas fizeram isso nos últimos anos?

Joyce - Sou totalmente a favor de vocais femininos, tanto quanto gosto de vocais masculinos. O que é importante é a musicalidade ficar legal, e não criar um preconceito em cima disso apenas porque de certa forma, de alguns anos para cá, o numero de bandas com vocais femininos tenham realmente aumentado muito.

MP - Particularmente eu gosto muito de 'The Lament Simphonycal', então já dá pra se ter uma base sobre o motivo da pergunta anterior (risos). Qual a sua maior influência feminina, em termos de canto? E sintam-se a vontade para comentar sobre demais inspirações.

Joyce - Não sou de me inspirar em algum vocal antes de cantar, tento cantar de uma maneira minha, sem influências. Mas já escutei algumas comparações com Liv Kristine, e isso não me deixa triste, pois sou apaixonada pelos suaves e aveludados vocais de Liv.

MP - Como surgiu o Atheistc? Já era um projeto antigo que foi colocado em prática há pouco ou foi uma idéia atual mesmo?

Joyce - Atheistc surgiu a partir da música "The End of The Christian Age". Dilpho já havia composto quando nos conhecemos, e juntos colocamos em pratica o seu desejo em montar o projeto que diferenciaria do Silent Cry. Assim Dilpho poderia compor suas metrancas e parte lírica ateia.

MP - Killing My Religion, o novo disco de estúdio de vocês, já está disponível para compra. Como se deu o processo de composição e gravação desse? Como vocês definiriam suas performances e do restante da banda e de que forma nós (que ainda não escutamos) podemos aguardar a forma como o Atheistc está soando nesse novo trabalho?

Joyce - "Killing My Religion" foi um disco criado totalmente sem pressa. Ele foi composto à medida que foram surgindo inspirações. Eu acredito que seja um disco mais trabalhado e mais maduro. Eu realmente estou muito satisfeita com o resultado. Espero que os fãs de "The End of the Christian Age" também pensem dessa forma!

MP - Como foi a agenda de shows de vocês no ultimo ano e como é que vocês acreditam que será em 2009? Vocês que já fizeram open act para o Epica, receberam algum outro convite ou tem propostas para tocar com bandas que já estão consolidadas no cenário mundial?

Joyce - Sim, já temos muitos planos de turnês por esse Brasil a fora, e estou muito ansiosa para tocar as músicas novas. Tocar com o Epica foi realmente muito interessante, como já ouvi muito a banda quando novinha foi excitante para mim. Mas mais excitante ainda foi ver a galera enlouquecida cantando as musicas do Atheistc, saí de lá muito feliz!

MP - Qual é a opinião sobre o cenário brasileiro diante de bandas nacionais? Vocês acham que há maior valor em bandas internacionais ou que as bandas undergrounds têm o espaço merecido dentro do país?

Joyce - Infelizmente eu acho que o Brasil valoriza muito mais bandas internacionais, e se esquecem de tantas talentosíssimas bandas que temos por perto. É muito triste, mas a verdade que enxergo não é diferente. Espero que um dia isso mude, pois o Brasil está lotado de bandas maravilhosas.

MP - E deixo esse espaço para suas considerações.

Joyce - Gostaria muito de agradecer a você Barbara por essa entrevista, alguém que realmente luta para o crescimento do Metal. E agradecer a todos os fãs do Atheistc pela força que recebemos, pelo carinho de cada um deles conosco, isso é realmente muito valorizado por nós. Aos fãs e clientes da Avernus Records (www.avernusrecords.net) um abraço a todos, e aguardem o novo disco Killing My Religion.







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