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Resenhas - Sepultura - Hammerfall - Merciless

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SEPULTURA – A-lex (2009)

Por Rafael Ordóñez


Depois da espera de quase 3 anos, o Sepultura, agora sem um Cavalera, lança seu 11º trabalho de estúdio, A-Lex. Um álbum conceitual, que segue a mesma linha do ótimo Dante XXI (2006), só que dessa vez abordando o conteúdo do livro Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, que deu origem ao filme homônimo em 1971, dirigido por Stanley Kubrick.

A evolução da banda, que vem desde o lançamento de seu primeiro álbum com Derrick Green nos vocais, Against (1998), é latente, e uma identidade parece ter sido estabelecida na música praticada pelo grupo, que agora tem Jean Dolabella a cargo das baquetas, além dos ‘velhos de guerra’ Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Xisto (baixo). Em A-Lex, encontramos um thrash metal ‘grooveado’ e repleto de influências de hardcore, e que em algumas faixas como a crescente, e ótima, Sadisc Values e a percussiva Strike, flerta com o stoner metal.

A faixa Ludwig Van apresenta uma agradável surpresa para quem foge do óbvio, mostrando uma versão ‘sepulturizada’ da nona sinfonia de Beethoven, com a ajuda de músicos eruditos de São Paulo. O uso de introduções a cada uma das quatro partes do álbum segue o mesmo padrão usado em Dante XXI e acaba por ser extremamente importante pra absorção de A-Lex como um todo.

No mais, A-Lex não é um álbum fácil. Eu mesmo tive de ouvir algumas vezes para, digamos, ‘entendê-lo’. Se a música cabe bem ao contexto da obra de Burgess, ou ao filme de Kubrick, cabe a cada ouvinte dizê-lo, e caso você não conheça as devidas obras, corra atrás.

Nota: 8,0





HAMMERFALL - No Sacrifice, No Victory (2009)

Por Barbara Kyrilo


Há quem ainda diga que na ausência de Magnus Rösen e Stefan Elmgren, o Hammerfall não conseguirá seguir em frente, o que o novo disco de estúdio dos suecos faz questão de provar ser utopia! Obviamente tanto Magnus quanto Stefan são grandes profissionais e trabalharam no Hammerfall de forma peculiar, contribuindo bastante para que a banda deixasse um legado, mesmo ainda estando na ativa. E é justamente por estarem na ativa, que eu devo escrever esse review.

No Sacrifice, No Victory é um álibi para que continuem trabalhando da mesma forma como sempre trabalharam, fazendo Power Metal Épico e ainda assim, migrando para outros estilos para mostrar como a versatilidade também é um ponto superpositivo deles.

Para começar, Any Means Necessary não tem aquela introdução extensa e ás vezes chata, que algumas bandas costumam fazer. Ela soa melodicamente entrosada, os coros fazem muita diferença e é uma música que seria associada ao Hammerfall mesmo sendo gravada por outra banda, assim como acontece na próxima e cativante Life Is Now. De inicio você pode achar que ela será uma balada, mas logo ela adquire peso e é dona de uma composição excelente! ‘And we live our life the way we want!’ A balada fica por conta de Between Two Worlds, que se apresenta com uma intro sinfônica, feita por órgão, se não me engano. É linda é vai despedaçar corações de muitos fãs apaixonados por aí.

Por falar em intro, encontramos algo legal em Legion. Além de contar com um trabalho rápido da bateria e possuir o segundo melhor refrão do disco, a canção tem uma introdução totalmente cabível a temática. Um demônio discursa o desenvolvimento compositor da canção... É agressiva, mas de uma melodia grudenta, o que os escandinavos sempre fizeram muito bem.

Se eu falei em versatilidade anteriormente, fica evidente que Punish and Slave me veio em mente. Inicia-se com uns riffs legais que faz ter aquela nostalgia de Hard Rock, e indubitavelmente Joacim Cans fez um trabalho quase perfeito aqui. É uma das melhores performances de vocal do disco e fica empatado com o que ele fez em No Sacrifice, No Victory. Se a intenção era fazer com que esta fosse o destaque do disco, eles escolheram o caminho certo. O ‘No’ agudinho de ‘No Sacrifice – No Victory’, vai deixar algum fã totalmente out of his head. É a música que o Hammerfall faria para ser a faixa título, embora minha queridinha ainda seja One Of A Kind. Essa canção tem um refrão poderosíssimo e é um poço de variações. Vai ser eleita a melhor faixa do disco facilmente.

Não é o melhor disco da banda, mas é uma superação e que superação! A intensidade de Hallowed Be My Name e o instrumental mais que digno do estilo de Something For The Ages contribuíram tanto quanto as demais já citadas. As guitarras arrastadas e o solinho de baixo em Bring The Hammer Down idem. E o que dizer sobre My Sharona do clássico The Knack? É o melhor cover feito por eles. E dessa vez eu não sou suspeita, pois até então era I Want Out do Helloween.





MERCILLESS – Possessed By Thrash – 2007 (DEMO)

Por Lucas Araújo


Apresentando uma sonoridade totalmente voltada as raízes do Thrash Metal, os mineiros oriundos de Leopoldina do Mercilless (Será uma homenagem aos veteranos thrashers suecos do Merciless ?) apresentam quatro excelentes músicas nesta demo atendida pelo nome ‘’Possessed By Thrash’’. Com uma sonoridade crua variando entre as escolas americana e européia do estilo. A sonoridade do grupo soa mais americana devido a cadencia instrumental, backing vocals de fundo e solos de guitarra mais elaborados, já a caracterização dos vocais é totalmente escola alemã . O quarteto não deixa a desejar e esbanja toda sua fúria neste registro, mostrando ao público que tem tudo para colher bons frutos futuramente, já que fazem parte dessa ótima leva de bandas que estão fazendo um som mais calcado nas raízes do açoite. Chame seus amigos e ouça essa demo ‘Possuída pelo Thrash’ na garagem de sua casa, faça uma audição regada a várias cervejas e muito mosh, divirta-se ao som de Command To Kill; Possessed By Thrash; Slaves Of Greed e Lethal Disaster. Altamente recomendado para fãs de Vio-lence; Exodus; Nuclear Assault; Destruction, Exumer; Deathrow; Cyclone, Kreator e Anvil Bitch.


Nota: 9,0



Line –up:

Thiago – Vocals And Guitars

Ramom – Guitars

Junior – Bass

William – Drums



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