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ENTREVISTA MORTAES - Originalidade Imortal!

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Por Lucas Araújo

A banda Mortaes está comemorando seus 2 anos na ativa. Com uma sonoridade influenciada por várias vertentes do Metal, a banda liderada por Fabrício Moraes (vocalista e guitarrista) pode, merece e deve ser citada como um dos destaques do cenário nacional. Em meio a uma comemoração de aniversário e alguns preparativos finais para a continuação da Obsessive Brazilian Tour, convesei com Fabrício sobre toda a trajetória do Mortaes e sobre diversos outros assuntos relacionados a carreira da banda brasiliense.

MP - Em primeiro lugar, toda a equipe do Metal Patroll agradece a atenção de vocês do grupo MORTAES, e ao mesmo tempo congratulamos a banda pelo grande trabalho que vem fazendo. Para iniciarmos a entrevista conte um pouco sobre a história do MORTAES, quando a banda surgiu e como os músicos se conheceram.

FABRÍCIO - O Mortaes é uma banda nova, pouco mais de 2 anos. O nosso primeiro álbum foi oficialmente lançado em setembro de 2007. E nós todos nos conhecíamos da própria cena metal de Brasília. Com isso foi mais ou menos natural chegarmos a formação atual da banda.

MP - Gostaria que você falasse um pouco do primogênito da banda, o debut Obsessive Visions. Quais foram as principais inspirações que vocês tiveram na criação desse trabalho?

F - O primeiro álbum e a proposta musical em si do Mortaes é uma fusão de todos os segmentos do Heavy Metal. Ainda que a essência seja de um Metal bem Extremo, é possível encontrar no nosso som diversas influências, nuanças, texturas musicais...

MP - Ainda falando sobre o debut, o que você tem a ressaltar sobre a participação dos músicos Eduardo Ardanuy– (Dr. Sin); Caio Duarte – (DynaHead); Marcelo Barbosa e Alírio Neto –(Khallice); Robson Aldeoli– (Abhorrent) e Hecate – (Miasthenia); no álbum Obsessive Visions? Como foi a interação com esses músicos? Podemos ver que é uma grande diversificação no quesito de vertentes metálicas, essa diversificação foi proposital para unir os Bangers e fugir dos excessivos rótulos? Conte como foi essa experiência.

F - A experiência com todos esses músicos foi muito gratificante. Primeiro porque a grande maioria são meus amigos e segundo porque são muito talentosos. O que contribuiu demais para o resultado final. Especialmente por serem músicos de estilos diferentes, se enquadrando perfeitamente na proposta eclética e inusitada de Metal Extremo que fazemos.

MP - Sobre as participações, você já foi companheiro do vocalista Robson Aldeoli da banda Abhorrent. Como foi o período junto com essa veterana banda brasiliense? E o que esse mesmo período acrescentou para sua formação musical e headbanger?

F - Sou amigo do Robson há muitos anos, muito antes de fazer parte do Abhorrent. E foi um período precioso da minha carreira, pois foi uma fase em que eu estava retornando a Brasília (2000/2001). Muitos shows importantes foram feitos nesse período. E não há nada melhor que tocar em uma banda com amigos. Dessa época ficou o registro de um EP chamado CATHARSYS, no qual me orgulho muito!

MP – Fabrício, podemos notar em Obsessive Visions a fúria do Death Metal, o açoite do Thrash e a melodia e malicia do Black Metal em certos momentos, isso tudo aliado com os ritmos neoclássicos, que a meu ver é um ‘tempero’ a mais para a sonoridade da banda. Como você classifica a sonoridade do Mortaes?

F - Cara, essa é uma pergunta difícil de responder (risos). Mas de uma maneira geral o som que fazemos é Metal Extremo, só que com todos esses elementos que você citou.

MP - Em sua opinião quais são as principais dificuldades encontradas pelas bandas de metal, hoje em dia no underground? Como você é um veterano, gostaria que você salientasse sobre o movimento atual em relação ao movimento antigo. Há mais apoio hoje do que antes, ou nada mudou e as coisas ainda continuam nos tempos de Wasteland (Terra devastada. Uma metáfora que simboliza os tempos difíceis pelos quais as bandas de Metal sempre passaram por nunca serem devidamente tratadas com dignidade pelo mercado empresarial e musical)?

F - Olha, manter uma banda trabalhando no underground não é tarefa das mais fáceis. Há muito o que fazer e muito pouco retorno, principalmente no início. Mas a perseverança, determinação e a paixão nos dão forças pra continuar sempre. Estou nessa há mais de 20 anos e não consigo me ver fazendo outra coisa. Dificuldades existem e sempre vão existir: falta de apoio; limitação financeira para investimento nos álbuns e toda mídia necessária; dificuldades a nível pessoal e outros... Mas tenho conseguido bons resultados com um forte espírito de união presente na banda nesse momento.

E em relação às diferenças entre o passado e o presente, acho que são a Internet e a redução dos custos para se gravar um álbum nos dias de hoje. O que facilitou muito para as pequenas bandas que almejam um lugar ao sol. Claro que toda essa coisa de conseguir um álbum inteiro ou uma discografia sem pagar nada, tem seus prós e contras... Mas não podemos fugir disso... Temos que nos adequar para seguir adiante com a mesma força de sempre!

MP – Deixamos o espaço para suas considerações finais e para nos dizer o que podemos esperar do MORTAES futuramente.

F - Gostaríamos de agradecer à oportunidade dessa entrevista a um Webzine tão respeitado como o Metal Patroll. O Mortaes nesse momento está acabando de acertar as datas da 2ª parte da Obsessive Brazilian Tour. Mas fiquem em contato que muitas novidades estão por vir... Grande abraço e Stay MORTAES!!!

www.mortaes.com.br

www.myspace.com/mortaes





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